ANO I – EDIÇÃO III – 20/03/2009

junho 21, 2009 at 2:11 am Deixe um comentário

Editorial

por Fábio Pedro Racoski

Diz um adágio popular: “Deus criou o homem, o homem criou Nero, e Nero criou a dança da manivela”. Por isso o DOC dá graças ao micromundo, culto, inteligente, criativo e sem axé!

Um micromundo sem axé nos dois sentidos: o musical e o etimológico, que alude ao poder sobrenatural, espiritual – se bem que os últimos “fights” envolvendo Raphael Garcia chegam a parecer sobrenaturais. Enfim, o micromundo está longe do axé: entre o techno-brega e a bossa nova.

Talvez o conceito mais presente no micromundo seja o Ubuntu. Não a filosofia africana, da humanidade compartilhada, mas o Linux Ubuntu mesmo: você postula nele, acha dez!, resolve permanecer ali; tudo disponível, até roda coisas de fora (do macromundo ou do Windows!); de repende começam os conflitos (pessoais ou de hardware), você lembra que tem um mundo cheio de janelas lá fora, mas não quer largar o Ubuntu de jeito nenhum. Instala o dual boot na máquina cerebral: macromundo (Windows, não ideal) e micromundo (Ubuntu, ideal).

Mas que porre esse assunto de “geeks”, você deve estar a pensar agora, caro leitor e belíssima leitora. Calma: o DOC traz nesta edição muito humor e jornalismo mentira, como é de nosso compromisso. Com um novo colaborador: o “Ubuntão” (no sentido ideológico, por favor!) Bruno Cava.

Acontecimentos que aconteceram (ou poderiam ter acontecido)

Se os pasárgados fossem políticos tupiniquins…

por Bruno Cava

FHC: Bruno Cava. Está velho. Não tem 10% da influência que tinha, nem 50% da que pensa ainda ter. É o membro mais antigo e experiente do partido, mas mal consegue mediar os líderes atuais. Posa de intelectual, mas não fala nada de novo há anos. Tem grife e respeito, mas só usa isso como desculpa para não trabalhar.

BRIZOLA: Felipe Aron. Já foi socialista. Oscila entre esquerda e direita e no final se declara centrão. Fala muito bem, mas é difícil captar a sua plataforma política — porque não tem. Exilou-se por um tempo, mas voltou com o objetivo de sempre: o poder.

JOSÉ SERRA: Filipe Sales. Muito sisudo, a ponto de ser antipático. Engomadinho. Embora não tenha carisma nenhum, é eficiente. Já foi esquerda, mas agora transita na direita. Disputa a liderança do partido.

GABEIRA: McMillan Hunt. Aparentemente pansexual. Vive num clima de oba-oba libertino, com frases de efeito do pós-modernismo. Reclama de todos os ismos e defende a liberalização de tudo, pois, com diz o poema, Pasárgada tem tudo.

DYLMA ROUSSEF: Andresa Cortês. Íntegra, séria e centrada. Mulher de fibra, leal ao partido desde sempre. Dizem que é a sucessora ideal do atual governo.

GERALDO ALCKMIN: Carlos Goes. Extremamente certinho e sem sal. Tem um discurso completo, mas nem todos compram. Por vezes, é ingênuo perante políticos mais raposas e acha que maiores safados são inocentes. Disputa a liderança do partido.

ENEAS: Yuri Ghenov. Muito inteligente, tem boas idéias, mas uma barreira quase intransponível em comunicá-las. Idiossincrático ao extremo, paga um preço por ser excêntrico. Às vezes, é um direitista convicto. Mesmo assim tem simpatizantes.

JOSÉ DIRCEU: André Cyranka. É a eminência parda por trás do trono. Fica nas articulações e conhece todo mundo. Uma ligação e a carreira de qualquer um está arruinada. Temperamental. Posa de santo, mas cometeu seus pecadillos.

NELSON JOBIM: Leonardo Fernandes. Era para ser somente jurista, mas também atua na política. Fica à vontade quando é o único mandachuva no seu filão do poder.

CRIVELLA: José Luiz Borrás. Figura do “homem bom”. Cristão fervoroso. Agregador e manso, vai ganhando território devagarinho, mas em ritmo constante. É de esquerda, mas não curte libertinagem.

AÉCIO NEVES: Thiago Ulianov. Governador-modelo, responsável pelo progresso do cantão. É uma voz independente no partido e tem ambições de chegar no poder em nível nacional, embora os seus líderes não o contemplem como deveria.

ELLEN GRACIE NORTHFLEET: Andresa Streitenberger. Mulher elegante e de talento jurídico, destinada ao topo. Sobrenome requintado que, no mundo superficial dos advogados, é meio caminho andado para o sucesso.  O outro “meio” é a esperteza.

PEDRO SIMON: Wagner Arthur. Tem muita experiência, fala bem e é moderado. Integra o centrão, pronto pra negociar com todo mundo. Ambiciona com mais ascensão na cena pasárgada, mas ainda precisa ultrapassar caciques mais tradicionais.

MARTHA SUPLICY: Danielle Pessoa. Sexóloga.

ACM NETO: José Siqueira. Esquentadinho e um pouco afetado na irritação. Tem apelo com o público feminino e é bom orador. Porém, muito novo e cheio de ambições, às vezes dá passos maiores que a perna.

HELOÍSA HELENA: Raphael Garcia. Histérica. Indignada. Tagarela ao extremo. Não tem nenhuma agenda política positiva, mas posa de esquerda verdadeira. Briga com tudo e com todos, sem qualquer estratégia visível. Vitimiza-se e chora quando é ameaçada. Nunca vai se eleger pra nada.

Eram os Deuses pasárgados?

por Fábio Pedro Racoski

“O grande plano da AFP é re-estabelecer a teocracia em Pasárgada me retransformando em Faraó”.

O Pasargada Facts trouxe à luz da verdade os fatos que endossam a posição olímpica de Pasárgada. Agora a verdade se confirma, mais uma vez, na declaração supracitada de Anderson Greghi.

Segundo o oráculo de Delos, consultado pelo DOC, o destino de Pasárgada é tornar-se a morada perfeita, Asgard, Olimpo, Paraíso, Leblon ou, simplesmente, Pas. O panteão que conduzirá esta transformação de interesse universal é formado por Balder, Aron, Cava, Cyranka, Góes, Zeus, Pelé e Eric Clapton. A história deverá ser escrita pelos arautos da verdade, Anderson Greghi, Fábio Racoski e McMillan Hunt.

Para manter o equilíbro, a morada divina pasárgada precisará de embates, combates, guerras, pelejas, etc. Assim explica-se a permanência de Raphael Garcia, junto aos residentes Ghenov e Siqueira.

Qualquer pessoa que não acredite nestas verdades sofrerá o peso da justiça divina em seus lombos. E terá que pagar uma multa de 50 reais aos arautos, por os terem contrariado na palavra divina.

Tudo o que está escrito é fato, verdade inegável, assim como a ida do homem à Lua e a sobrevivência de Elvis Presley.

DOC – Compromisso com o humor

Colaboradores

Bruno Cava
Fábio Racoski

Entry filed under: Uncategorized.

ANO I – EDIÇÃO II – 26/02/2009 EDIÇÃO IV – MAIO DE 2009

Deixe um comentário

Trackback this post  |  Subscribe to the comments via RSS Feed


Feeds