EDIÇÃO IV – MAIO DE 2009

junho 21, 2009 at 2:12 am Deixe um comentário

Editorial

Cena-ato de uma farsa em Pasárgada

Inês Pereira: Ó, Manuel: quem vem lá?
Manuel: É o trovador sarcástico, Inês. De certo, a trazer-te algum brinquedo!
Inês Pereira: Pois não sou mulher disso. De certo, te trazes alguma cobrança!
Trovador sarcástico: Ó, belo e amado casal, trago até vós a nova edição do DOC, o paladino dos satíricos e farsistas. Por esta, não brigais, pois o motivo é de gozar.
Manuel: Enfim, caro trovador, que lá vai o tempo da última vez que lemos os versos de tão fidalgo e fideputa pubicação. Inês, é hora de gozarmos!
Inês Pereira: É gozo para a semana inteira, meu Senhor.
Trovador sarcástico: Agradecei ao DOC, senhores. Até a outra vista!
Manuel: Qual, senhor trovador?
Trovador sarcástico: Aquela que agora fazes piscar, ao me ver…

Nesse clima de humor, jocosamente, que voltamos a publicar, depois de um tempo hibernando, o jornal mais colorido, mais sarcástico, mais mentiroso e mais sincero do micromundo: o seu, o meu, todos os pronomes pessoais, o DOC.

Nesta edição, deveras teatral, trazemos um relato de Juliana Benedetti, acerca da visita de uma comitiva micronacional a terras estranhas. Além desta obra prima, temos uma coluna sobre os nomes dos pasárgados, suas funções poéticas e rítmicas. Temos, por fim, um poema sobre a problemática solucionática filosófica filológica tropicalista da pasargadofagia.

Trovador sarcástico: E vós, gozai com esta publicação até cansar!

Acontecimentos que aconteceram

CBRK

Por Juliana Benedetti
Em terra de quem tudo vê, tudo sabe e tudo devora
Quem tem um olho é Rei,
Uma certa razão é Rei da Cocada Preta
E uma certa barriga é Rei Momo
Chegava à Comunidade Botequense Refrescante de Kubanakan uma caravana misteriosa. Vinham conhecer o que a famosa “tribo” tinha. Traziam na bagagem pipoca, lero leros, confetes e serpentinas. Talvez por imaginarem que isso seria raridade por aquelas bandas. Ao aportarem, encontraram cascas de quartos de limões espremidos por toda a parte, maracas destruidas e homens enforcados nos colares de carnaval. A sargeta era pequena para tanto bêbado.
Parecia que havia acontecido uma briga. Mais tarde viriam a saber que não passava de uma festa, que durou 8 dias e 8 noites, e fazia 8 dias que acabara. Enfim. Esse era o jeito dos Kubanakenses de se divertir. Tequilla, porradaria de maracas, e enforcamentos para terminar a farra.
Deixaram as bagagens num casebre abandonado e, ao sairem, encontraram um esquisito senhor, pedalando uma bicicleta, matando moscas, fedendo a tequilla e cantarolando o Hino Nacional:
“- Dale a tu cuerpo alegria Macarena. Que tu cuerpo es pa’ darle alegria y cosa buena. Dale a tu cuerpo alegria, Macarena. Heeeeeeeey Macarena!”


Ficaram olhando, intrigados, a situação daquele homem.
Foi então que o homem parou, caiu ao tentar descer da bicicleta, cuspiu o chiclete e indagou:
“- Hola! Quien sois vós?”
“- Olá, somos da comissão de PN do Cordial Reino dos Tambores Retumbantes e estamos procurando vosso representante.”
“- haha, o representante soy yo, pero puede me chamar de Muy Grande Sóbebo Presidente de las Maracas Estonteantes.”
“- Cordiais saudações, ó Muy Grande Sóbebo Presidente. Sou Sua Magra Excelencia Protetora do Patriarca Cerimonial Conselheira Purpurinada Emotiva e Fidelíssima a la Sereníssima Majestade dos Tambores Retumbantes do Céu. Viemos em missão de paz, trazer um pouco de cérebro a vós.”
“- A que devo a visita? Saibam que se vieram para la fiesta de arromba paciência, chegaram tarde, pues la misma já se passou há 8 dias y em algunas horas o povo começará a despertar. Enterraremos los muertos enforcados, recolheremos los perros lambedores de bocas de bêbados y iniciaremos la fiesta que chamamos de “Se queira banana, chupa essa manga!”
“- “Interessante. E o que precisamos para participar da festa? Podemos apenas ficar observando?”
“- Imagine! El povo Kubanaquense faz questão que vocês participem. Para isso basta dançar la Salsa, trazer la Maria Joana, expressar sua verdadeira refrescância y crer en el Diós Luiz Miguel y em su romantismo, su sensualidade y su voz.”
“- E o que mais?”
“- Existem requisitos que determinarão el tipo de fiesta que teneremos. Com una persona la fiesta será voltada para la cura de la dolor de cotovelo através de la bebedeira. Com duas personas, haverá Salsa y pizza. Com três personas, haverão rodadas de tequilla para beber hasta cair, sendo que 1 persona servirá la bebida, 1 cortará los limones,y otra buscará la sal. Com cuatro a seis personas, acontecerá la Rodilla da Maria Joana, sendo que lo mais alcoolizado começa. Y com mais de seis personas acontece um mega bailão com mucha Salsa, Tequilla, Banana y Maria Joana.”
“- Que bom! Viemos em muitos e tem mais trezentos vindo por aí. Estou certo de que meus companheiros gostarão muito de conhecer a refrescancia kubanakense. As festas são sempre animadas assim?”
“- Sim. Para que la fiesta seja buena, deve iniciar com músicas de Ricky Martin, terminar com la Descarada de Reyli y ser repetida, por lo menos 2 vezes a cada media hora, la Macarena. Después de la fiesta ninguém deverá se preocupar com la bagunça, apenas dormir adonde quer que seja. Esse é o grande ápice. Quandos unos deitam sobre los otros.”
“- E não existem regras por aqui?”
“- Sim. El prazo para retornar para casa después de la fiesta não será estipulado, entretanto, fica vetado sexo com animales no meio de la rua. És apenas essa ressalva que hacemos”
“- Pois bem, Muy Grande Presidente. Diga a vosso povo que ficaremos honrados se nos aceitarem como amigos e permitirem que participemos da festa que está por começar.”
“- Claro, usteds são a própria fiesta! Recebam mi Muy Respeitoso y Cordial Abraço y caiam en la folia!”
“- Obrigada Muy Grande Presidente. Transmita a vosso povo nossos mais sinceros cumprimentos e votos de saúde, sucesso e felicidade.”

Pasárgados e a poesia em seus nomes

por Fábio Pedro Racoski


Companhia de prospecção Bruno Cava
– Essa vai fundo!
Clínica Lorhana de restauração da memória – Amnésia? Fale com a Kehsia!
Advocacia Irmãos “Se Queira” – Se quiser, a gente advoga!
Se for beber: um Ghenov antes, outro Depois.
Igor, exemplo de bom humor, que ri do seu time até no sobrenome: Rá, Vasco!
Software compactador Mimi – Chega de mimimi: compactação é com Mimi!
Sistema Operacional Dani Pessoa: Linux para gentes
Chocolate? “Compre Aron… Compre Aron…”
Violões Thiago MARQUES: perfeitos para tocar “A Internacional”
Cansou dos aerossóis? Inseticida líquido Carlos Góes!
Capeletti? Só se for “Giuliana Benedetti”!
Quer tomar um uísque e ouvir New Age? Henderson Bar e Yanni!

Continua…

É BAIXARIA? PASARGADOFAGIA!

por Juliana Benedetti

Boa noite. Boa Tarde. Bom dia. Pasargadofagia.
Siqueira vai te processar, sabia? Pasargadofagia.
Aron tinha paple com nome de sua tia. Pasargadofagia.
Juliana vai a encontro e leva sua cria. Pasargadofagia.
Tem criancice na lista que dá até azia. Pasargadofagia.
Chega de mensagem vazia! Pasargadofagia.
Sinergia. Pasargadofagia.
Você teme a terceira via? Pasargadofagia.
O povo batia enquanto Ghenov corria. Pasargadofagia.
Turista não queria, mas Cyranka convencia. Pasargadofagia.
Ela flertava, ele nem se mexia. Pasargadofagia.
Acabou o Lexotan na drogaria. Pasargadofagia.
Daniele canta, cachorro late e gato mia. Pasargadofagia.
Pegue sua tábua e caia na água fria. Pasargadofagia.
Silvia tricotava e Mimi tecia. Pasargadofagia.
Sloborskaia não é tudo você queria? Pasargadofagia.
Outra, apaixonante, piscava e  ele ria. Pasargadofagia.
A capela da democracia não é de alvenaria. Pasargadofagia.
Alguém falou mais que podia. Pasargadofagia.
Os gordinhos do micromundo na Churrascaria. Pasargadofagia.
Não é azar, é feitiçaria. Pasagadofagia.
Bruno Cava não é tão mala, quem diria! Pasargadofagia.
Brigue, chore, grite, bata, xingue, sorria! Pasargadofagia.
E se não funcionar a tal Pasargadofagia? Chupa essa melancia!

Pasargada Facts… again

Verdade n° 26: Estava escrito nas profecias que chegaria o dia do Ragnarok na Valhalla suprema que é Pasárgada. Nesse dia, forças do submundo tomarão a morada dos Deuses e a transformarão numa sucursal de Reunião. Até que retorne o Balder pasárgado…
Verdade n° 27: “Grande Pasárgada” é uma redundância e chega a ser uma heresia, já que não há palavras para medir a grandeza do multiverso pasárgado.
Verdade n° 28: O cantão flutuante (a ilha de LOST) consegue viajar no tempo porque faz um trajeto entre Port-Vila e Cenítia, passando por Esparta, Sloborskaia e Icária. Esse trajeto é conhecido na ciência como “buraco de minhoca”.
Verdade n° 29: O nome de Deus era de pronúncia proibida entre os primeiros judeus simplesmente porque eles não conseguiam pronunciar “Primeiro-Ministro”.

DOC – Compromisso com o humor

Colaboradores

Juliana Benedetti
Fábio Racoski

COMUNIDADE LIVRE DE PASÁRGADA

Entry filed under: Uncategorized.

ANO I – EDIÇÃO III – 20/03/2009 Edição Especial – Direto de Reunião do Norte

Deixe um comentário

Trackback this post  |  Subscribe to the comments via RSS Feed


Feeds